quinta-feira, 4 de junho de 2015


       Existem drogas de todos os tipos e feitios, mas se as sólidas são fáceis de ver a olho nu (tipo pílulas e comprimidos), muitas outras não imaginamos como seriam se fossem representadas visualmente (a cafeína, por exemplo). Interessada pelo tema, a artista alemã Sarah Schönfeld decidiu dar-nos uma ideia.
     Ela pegou gotas de diversos tipos de drogas e as apertou contra negativos fotográficos já utilizados, fazendo com que os produtos químicos crescessem e se expandissem, em reação ao contato com a película. O que se vê depois são formas abstratas, amorfas e vibrantes, que nos dão uma ideia única de como são estas substâncias no seu interior, quando vistas de perto.
A série da artista foi chamada All You Can Feel (“Tudo o que Você Pode Sentir”) e, como a própria diz, “as formas e cores que apareceram revelaram universos internos únicos”
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LSD
Ecstasy

Cocaína

Cafeína


Ketamina


                                                                       Heroína





Alander Jefferson Maia 
Acadêmico de Farmácia 


todas as imagens © Sarah Schönfeld


Vídeo efeito das drogas (morrendo em vida)

                                                   
                                                       




Marcos Santana
Acadêmico de Farmácia 
LSD e ecstasy 



LSD (abreviação de dietilamina do ácido lisérgico) foi descoberto pelo químico suíço Albert Hofmann em 1938, que estudava aplicações medicinais de um fungo de cereais. Nos anos 60, a droga popularizou-se e virou símbolo da contracultura. Consumido em pastilhas, ela cai no sangue depois de ser absorvida pelo estômago e chega ao sistema nervoso central, causando alucinações e distorção das imagens. Também aumenta a sensibilidade tátil e auditiva. Seu feito pode durar de algumas horas a um dia e os riscos ao organismo vão de taquicardia, surtos psicóticos à degeneração de células cerebrais e convulsões. Atualmente, a droga costuma vir acrescida de grandes doses de anfetamina, para atender àqueles que querem sacolejar nas pistas de dança
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ecstasy, ou MDMA, é um tipo de metanfetamina, substância estimulante do sistema nervoso central. Mistura de alucinógeno com anfetamina, é conhecido como "droga do amor" ou simplesmente "E". Sintetizada em 1912, a droga já foi usada como moderador de apetite e até como desinibidor em sessões de psicoterapia, mas acabou proibida nos anos 80. Seu uso causa sensação de euforia, gerada pela descarga de serotonina - neurotransmissor ligado ao prazer e ao bem-estar - que ela produz no cérebro. Mas também acelera os batimentos cardíacos, eleva a temperatura corporal e desidrata o organismo, o que leva o usuário a consumir muita água. Passado o efeito da droga, geralmente ocorre uma sensação de depressão que dura cerca de dois dias. Há casos de usuários que, para evitar essa reação, consomem a droga cada vez com mais freqüência, o que leva à dependência.

Há outras drogas sintéticas que compõem com o ecstasy o grupo das chamadas club drugs. O GHB,sigla para ácido gama-hidroxibutírico, ou ecstasy líquido, alucinógeno diluído em água ou no álcool, é uma delas. Vendido sob a forma de pó ou já diluído em água, o GHB é incolor, não tem cheiro e o gosto é levemente amargo. Por ser consumido sob a forma líquida, começa a fazer efeito em, no máximo, meia hora - contra as duas horas exigidas pelo ecstasy. Se misturado com álcool, como geralmente acontece, o GHB fica bem mais potente. E perigoso. Seus malefícios vão das náuseas e vômitos ao risco de morte. Outro item da lista é a ketamina, ou Special K, anestésico veterinário do qual se extrai um pó branco para ser aspirado. Os especialistas também alertam para o avanço de uma droga desse mesmo grupo, com altíssimo poder de gerar dependência química. Trata-se do crystal, metanfetamina quase quatro vezes mais devastadora do que a cocaína.




Alander Jefferson Maia 
Acadêmico de Farmácia 


http://veja.abril.com.br/

Da droga para lama

Da droga para a lama: imagens chocantes mostram a destruição física de viciados



Depois de algum tempo, os cabelos já não são os mesmos. O rosto perde a cor. As bochechas somem. Os dentes caem.  A pele ganha manchas, olheiras, rugas, machucados. Os olhos perdem completamente o brilho.
Esses são os efeitos físicos mais visíveis causados pela uso de uma drogas muito pesada, que vicia rapidamente e de cuja dependência é muito difícil curar-se: a metanfetamina – como você pode ver nas chocantes imagens abaixo.
As fotos à esquerda mostram viciados em drogas ao serem presos pela primeira vez.
As da direita revelam as mesmas pessoas algum tempo depois, durante a segunda, terceira ou quarta passagem pela cadeia. As imagens foram organizadas pelo gabinete do xerife do Condado de Multnomah, no Estado de Oregon, nos Estados Unidos, com o objetivo de alertar a população para os efeitos reais das drogas.
E são apenas os efeitos físicos. Imaginem os efeitos psicológicos. Assustador, não?!
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Alander Jefferson
Acadêmico de Farmácia 

http://veja.abril.com.br/

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Inalantes




O que são inalantes?

Os inalantes são, na sua maioria, produtos industriais, combustíveis ou de limpeza, que são inalados com o propósito de sentir algum “barato”. Quase todos os solventes ou os inalantes se tornaram drogas de uso recreativo, embora não tenham sido fabricados com esse propósito. No Brasil, alguns inalantes são também fabricados clandestinamente ou contrabandeados, para fins de abuso, como é o caso do lança-perfume e do “cheirinho da loló”.

Todos esse produtos têm em comum alguma substância volátil (ou seja, que se evapora muito facilmente, sem precisar de aquecimento). Essa substância volátil, aspirada pelo nariz ou pela boca, é o componente responsável pelos efeitos que os usuários de inalantes buscam.


Os efeitos dos inalantes

Os efeitos do uso de inalantes aparecem e desaparecem muito rapidamente. Em poucos segundos depois de aspirados, os efeitos já são sentidos, uma vez que passam diretamente dos pulmões para a circulação sanguínea, atingindo o cérebro e o fígado, órgãos com maior volume de sangue no corpo.

A inalação desses produtos, inicialmente, provoca euforia, caracterizada por cabeça leve, girando, fantasias que parecem reais. Essas sensações acabam em poucos minutos e essa é a razão pela qual os usuários habituais de inalantes colocam o produto num saco plástico, e ficam cheirando durante muito tempo.



Quais são os riscos de se usar inalantes?

Apesar da pouca atenção que esses produtos recebem dos meios de comunicação de massa, em comparação com drogas de menor consumo por nossa população, o uso de inalantes é uma prática muito arriscada.

Muitos jovens morrem quando usam inalantes, alguns deles usuários novatos, num fenômeno chamado “morte súbita por inalação de solventes”. Muitas vezes essas mortes ocorrem quando alguém que inalou o produto repetidamente se submete a algum exercício ou stress inesperado. Nessas situações, a morte é causada por falência cardíaca associada à arritmia cardíaca acentuada. Outra forma freqüente de morte por inalação de solventes dá-se por sufocamento: o usuário desmaia com o saco plástico na boca e nariz, e morre por falta de ar.

Outras conseqüências, menos trágicas, mas também muito sérias, são danos ao fígado e rins, perda de peso, ferimentos no nariz e boca. Em usuários muito pesados e crônicos, os inalantes podem também causar danos irreversíveis no cérebro.


Inalantes causam dependência?

Alguns usuários de inalantes desenvolvem dependência desses produtos, tendo muita dificuldade de abandonar o hábito. Mais freqüentemente, no entanto, o uso de inalantes é uma atividade de grupo, passageira ou fruto de curiosidade de alguns pré-adolescentes, que resolvem experimentar sensações novas com produtos disponíveis dentro de suas próprias casas. Mas os acidentes podem acontecer mesmo em um uso ocasional.



  Samara A. Holanda
Acadêmica de Farmácia

Fonte: Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes, DROGAS SENAD Brasília, 2004


Crack e Merla




O que é crack?

Reputado como uma nova droga, o crack não passa de um novo jeito de preparar e usar a cocaína. Tornado popular nos meados da década de 1990, o crack é denominado pedra pelos usuários brasileiros e consumido por via oral (fumado em cachimbo). A pedra unitária tem preço mais acessível do que a cocaína em pó, dando a impressão de que o usuário economiza quando troca o modo de consumo. Mas essa economia é ilusória, pois a pedra tem uma quantidade mínima de substância ativa, muito menor do que o pó. Seus efeitos, porém, são mais pronunciados pela liberação da cocaína diretamente na corrente sanguínea através dos pulmões.



O que é merla?

A merla (mela, mel ou melado) é a cocaína apresentada sob a forma de base ou pasta, um produto ainda sem refino e muito contaminado com as substâncias utilizadas na extração. É preparada de forma diferente do crack, mas também é fumada.




Quais os efeitos do crack e da merla?

Os efeitos do crack e da merla, os riscos associados a seu uso e o potencial de dependência são basicamente os mesmos da cocaína em pó, apresentados anteriormente.



   Samara A.Holanda
Acadêmica de Farmácia


Fonte: Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes, DROGAS SENAD Brasília, 2004